Drama da Educação Escolar Indígena Bóe-Bororo

  • O Drama da Educação Escolar Indígena Bóe-Bororo foi escrito no calor da discussão e implantação das políticas públicas na área de educação escolar indígena no Brasil e descreve, a partir do ponto de vista de índios e agentes do contato, as contradições do processo de formação de professores autóctones no modelo educacional colonizador.

    Aos estudantes e pessoas interessadas em conhecer a sociedade Bóe-Bororo, a obra contém três capítulos sobre o modo se existir dessa sociedade e as mudanças socioculturais que estavam ocorrendo na década de 1990. Naquele momento histórico, a educação escolar se configurou como uma resistência dos indígenas diante da nova conjuntura global da sociedade de contato e se tornou um foco de tensões étnicas, despertando nos índios interesses pessoais, faccionais, políticos e sociais de impetrar ações intencionais nos dois campos de relações, diferentes e específicos: o campo das relações étnicas Bóe-Bororo e o das relações interétnicas.

    É um livro gostoso de ser lido, visto que após os capítulos sobre as informações a respeito do assunto, o Drama manifestado durante um seminário indígena foi descrito na forma de um teatro, com as falas e performances originais das próprias pessoas da etnia, além de fatos ocorridos nos bastidores

    Na apresentação do livro, a antropóloga Doutora Edir Pina de Barros escreveu:

    “Cada palavra é uma borboleta morta espetada na página, por isso a palavra escrita é muito triste. " (Mário Quintana)

    Mais triste ainda se torna a palavra quando se busca traduzir o sentimento de um povo que vive em meio a uma situação colonial, subjugado em seu próprio território, exilado em seu próprio chão. Este é o caso das etnias brasileiras, dentre elas os Bororo, outrora senhora de um vasto território, hoje reduzido a pequenas ilhas em meio a um mar de violência e opressão.

    Dezenas de estudiosos, nacionais e estrangeiros, dentre eles Claude Lèvi Strauss, voltaram a sua atenção para esse povo que se autodenomina Bóe [...]. Mas nenhum deles se dedicou a estudar de forma sistemática, a questão da educação escolar entre os Bororo. A pesquisa realizada por Paulo Augusto Mario Isaac [...] representa um primeiro esforço no sentido de preencher essa lacuna crítica e muito tem a contribuir para o debate sobre a delicada questão da educação escolar indígena no Brasil. O tema é instigante [...].”

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